A máxima de que quando nasce um filho também nasce uma mãe parece que é verdadeira...
Há um tempo venho pensando sobre isso. E sobre o potencial da mulher pra ser mãe.
As mudanças no seu corpo são impressionantes... Todos os ajustes para abrigar o pequeno ser, para preparar sua saída... As contrações e dores para parir. A produção de leite para alimentar.
E a incrível sensibilidade que fica extremamente apurada para o melhor fazer pelo(a) pequeno(a)!
A situação toda me deixou confusa e insegura algumas vezes, mas a convivência com o filho ajuda a refinar essa competência de saber o que é melhor pra ele! É incrível a sintonia que existe entre essas duas figuras! Que vai ficando cada vez mais afinada, mesmo - e também por isso - com os pontos de interrogação, os sentimentos de culpa, as angústias... Simplesmente, parecemos saber o que fazer. Podemos receber conselhos, fazer leituras, mas no final das contas, nós mesmas que sabemos o que deve ser feito.
Deve ser por isso que quase toda a resposta que o pediatra dá para as minhas perguntas vão no mesmo tom...
- Posso passear com ele já?
- Veja como vocês vão se sentir e use o bom-senso.
- Quanto de leite ele precisa tomar?
- Observe os sinais dele e use o bom-senso.
- Será que esse desconforto é cólica?
- Preste atenção e use o bom-senso.
O que ele chama de bom-senso, eu chamo de potencial materno. Por um lado, fico um pouco frsutrada esperando respostas tranquilizadoras. Mas por outro, me sinto muito empoderada, forte e preparada para exercer esse potencial.
Uma amiga minha me perguntou se eu acho que é possível olhar para uma mulher nã-mãe e perceber esse potencial. Eu disse que não. Acho que de fato, ele se aflora com o acontecimento da maternidade. Surpreendentemente!