sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Como reconhecer uma gestante

Hoje, mais uma vez no meu projeto "ande menos de carro, use mais suas pernas e o transporte público", fui e voltei da USP de ônibus. Juro que não estou nesse projeto porque tenho o privilégio de ter assentos preferenciais. Como vocês leram no post "Fase pochetinha", ninguém ainda me cede lugar... Hoje não foi diferente.
Na ida, todos os assentos estavam ocupados. Fiquei em pé em frente a um assento preferencial, ocupado por pessoas "não-preferenciais". E assim foi a viagem toda. Na volta, os assentos estavam ocupados também. Fiquei mais uma vez em frente a um assento preferencial e estava rodeada deles. Todos, sem exceção, ocupados por pessoas aparentemente "não-preferenciais" (vai saber se tinha uma grávida...). Dois ocupadas por amigas batendo papo, outro por um senhor de uns 40 anos, ao lado de uma mulher de uns 35, tirando uma sonequinha. Outros dois por um casal apaixonado trocando carícias... De repente, o senhor que estava a minha frente levantou-se do banco. Não para me dar lugar, mas porque ia descer. Pensei: "opa! Vou ocupar!' Antes de terminar de pensar, uma mocinha já voou para a vaga! Rsrs!
Passaram-se poucos minutos e um assento não-preferencial desocupou e eu sentei.
A ideia não é reclamar. Mas é curioso... Acho que o que mais me incomoda é que ainda não sou vista como gestante. No ônibus e no metrô. Ou será que as pessoas não querem admitir que teriam que me oferecer o assento? De fato, não me incomoda não sentar, ainda não senti essa necessidade. Meu corpo ainda está confortável para ficar em pé. E passei muito bem os 3 primeiros meses. Aliás, esse é um momento super delicado pra boa parte das gestantes (apesar de passar bem, tive que ficar uns dias de repouso...), mas é quando ela menos parece grávida e logo, menos pessoas cederão espontaneamente o lugar no ônibus...
Será que as pessoas que estavam sentadas precisavam mais que eu? Poderia estar mais cansadas, mais doentes... Enfim, ainda não senti necessidade de exigir esse direito. E não me sinto bem de exigi-lo. Ainda me parece capricho. Vamos ver como isso se desenrola... De qquer forma, reuni algumas dicas para identificar uma gestante (se estiver difícil, rsrs!):
1. Gestantes geralmente colocam muito a mão na barriga. Pode parecer que é para segurar a pança, mas acho que é mais um ato de carinho e acolhimento.
2. Gestantes, em função da mudança na estrutura corporal, tem mudanças no seu centro de gravidade e um dos movimentos mais utilizados para equilibrar-se é lançar a barriga a frente. Isso acontece também com aquelas que ainda não tem uma super pança, mas querem que pareça uma!
3. Nesse sentido, as mãos na lombar também são um indicativo e compõem a pose.
4. Também para facilitar o equilíbrio, elas (será que nós?) aumentam a base de sustentação, afastando as pernas e apontam os pés pra fora. Quase um pinguim.
Se uma mulher entrar no ônibus com alguma dessas caraterística, no mínimo, pergunte se ela quer sentar:

Mas, enquanto as pessoas no ônibus não notam ou não admitem, a galera da EEFE percebeu! Fui participar de um simpósio hoje e encontrei várias pessoas (que saudades da EEFE!!!). Algumas já sabiam que eu estava grávida, ficaram felizes em me ver e ainda afirmaram que dá pra notar! Outras não sabiam e também perceberam. O prof. Luís Dantas me cumprimentou e seu olhar foi direto pra minha barriga. Dei risada e disse: "Ainda bem que estou grávida!", já que seu olhar indiscreto acusava certo espanto com minhas formas mais arredondadas! A prof. Maria Tereza me parabenizou na segunda vez que me viu após a Carla também me parabenizar. Confirmou que eu estava grávida e disse que quando me viu a primeira vez achou que eu estava, mas preferiu não correr o risco de cometer uma gafe! Rsrs! Mulheres são mais cuidadosas mesmo. O Luisão, segurança, me viu e logo soltou um sorriso seguido de um: "Olha só! Parabéns!!". Ele já havia me cobrado algumas vezes sobre quando o Luiz e eu providenciaríamos nosso herdeiro. Rs!

Que bom! Na EEFE me senti reconhecida como gestante! 

Um comentário:

  1. Prezada mamãe:
    Quando os assentos estiverem ocupados por pessoas que aparentarem ser não-preferenciais, mostre que vc quer o assento, faça-os entenderem que vc está cansada e grávida...
    Eu sei que sou grande e já estou ficando pesado...
    Tem gente que é folgada mesmo.

    p/netinho
    Vovó M Tereza

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